Infinitamente triste... Inclivelmente belo...
Eu vi o filme há muito tempo, mas com toda certeza - para variar -, o livro é espetacularmente melhor que o filme. E olha que eu tinha achado o filme bem bonzinho (dirigido por Roman Polanski em 2002, tendo como protagonista Adrien Brody, que acabou levando o Oscar de Melhor Ator Principal por sua atuação).
O Pianista é uma história real. São as memórias de Wladislaw Szpilman (1911-2000), escritas logo após o final da Segunda Grande Guerra, em 1945.
Nessas memórias, ainda frescas, Szpilman conta como foi passar pela invasão da Alemanha na Polônia de 1939/1945 e sobreviver ao horror do Holocausto.
Em suas páginas encontraremos seus esconderijos, sua incerteza, a perda de sua família, a fome, a perda de suas esperanças e a teimosia do destino em deixá-lo sobreviver em pleno Gueto do Varsóvia.
É o relato pungente de alguém que tinha como profissão a arte, de alguém que foi condenado à ruína apenas por ter nascido judeu e que somente não morreu por, contra todas as probabilidades, não ter chegado a sua hora.
Publicado pela primeira vez na Polônia com o título Śmierć Miasta (Morte de uma Cidade), o livro de Szpilman foi rapidamente censurado pelos comunistas da época, em razão de seu conteúdo sobre os horrores da Guerra.
Enfim, esse livro é muito mais do que recomendadíssimo. É uma história triste e comovente que vale a pena ser lida!
OBS: Apesar de eu não ser grande fã das edições da Editora BestBolso, a edição de O Pianista está bem feita e conta com acréscimos bastante interessantes.
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