Eis as marcações que fiz no Kindle:
A Arte de Escrever (Schopenhauer, Arthur)
Assim como as atividades de ler e aprender, quando em excesso, são prejudiciais ao pensamento próprio, as de escrever e ensinar em demasia também desacostumam os homens da clareza e profundidade do saber e da compreensão, uma vez que não lhes sobra tempo para obtê-los.
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Quando lemos por erudição, aprendemos fatos. Quando lemos para compreender, aprendemos o significado deles, também.
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Ser um bom leitor, muitas vezes significa a quantidade, raramente a qualidade do que se lê. Não foi só o pessimista e misantropo Schopenhauer que investiu contra o excesso de leitura, por achar que, na grande maioria, os homens lêem passivamente e se saturam com doses tóxicas de erudição não-assimilada. Bacon e Hobbes pensavam assim também. Hobbes dizia: "Se eu lesse como muitos homens o fazem" – ele queria dizer “se lesse tão mal" – "seria tão sem inteligência quanto eles.” Bacon achava que, "entre os livros, há os que merecem ser provados, há os que merecem ser engolidos e há uns poucos que merecem ser mastigados e digeridos". A idéia que persiste é a existência de várias espécies de leitura, apropriadas às várias espécies de literatura.
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mas não adianta que nossos antecessores nos dirijam a palavra, se não sabemos ouvi-los.
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Mas suponha-se que pudéssemos ressuscitar os professores-primários de todos os tempos. Suponha-se que existisse um. colégio ou universidade em que o corpo docente fosse assim constituído. Heródoto e Tucidides ensinavam Historia da Grécia e Gíbbon falava sobre a decadência de Roma. Platão e São Tomas davam, juntos, um curso de Metafísica. Francis Bacon e John Stuart Mill discutiam a lógica da Ciência; Aristóteles e Emanuel Kant abordavam os problemas morais. Thomas Hobbes e John Locke falavam sobre Política. As lições de Matemática eram dadas por Euclides, Descartes, Riemann e Cantor, com Bertrand Russel e A. N. Whitehead de contra-peso. Podia-se ouvir São Agostinho e Wi1liam James falarem da natureza do homem e da inteligência e Jacques Maritain a comentar as aulas. Harvey discutia a circulação do sangue e Galeno, Claude Bernard e Haldane ensinavam Fisiologia geral. As aulas de Física se adaptavam ao talento de Galileu e Newton Faraday e Maxwell, Planck e Einstein. Boyle, Dalton, Lavoisier e Pasteur ensinavam Química. Darwin e Mendel davam as principais noções de Evolução e Genética, com palestras suplementares por Bateson e T. H. Morgan. Aristóteles, Sir Philip Sidney, Wordsworth e Shelley tratavam da natureza da Poesia e dos princípios da Crítica literária, ajudados por T. S. Eliot. As aulas de Economia estavam aos cuidados de Adam Smith, Ricardo, Karl Marx e Mar hall. Boas discutia as raças e sub-raças humanas, Thorstein Veblen e John Dewey, os problemas econômicos e políticos da democracia americana e Lenine dava aulas de comunismo. Etienne Gilson analisava a historia da Filosofia e Poinearé e Duhem, a história da Ciência. Havia lições de arte por Leonardo da Vinci e um estudo sobre Leonardo, por Freud. Hobbes e Locke tratavam do uso e do abuso das palavras, referindo-se a Ogden e Richards, Korzybski e Stuart Chase. Podia-se imaginar um corpo docente muito mais vasto do que esse, mas fiquemos por aqui.
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Quem procura o atalho mais curto, vai acabar num paraíso de idiotas – com uma imbecilidade ignorantemente culta e um eterno pedantismo.
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Nos primeiros capítulos, viram a necessidade de separar e interpretar palavras e sentenças importantes.
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Será de mais pedir que um aluno seja capaz de ler um livro inteiro, e não um parágrafo só, e não só repetir o que estiver escrito, mas mostrar uma compreensão cada vez maior do assunto que está sendo discutido? Será de mais pretender que os colégios exercitem seus alunos, não só em interpretar, mas em criticar também; isto é, em discriminar o que e verdadeiro do que é falso ou errado, em suspender o julgamento se não se convencerem, ou em julgar com a razão, se concordam ou discordam? Não
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Em seu liberalismo falso, os educadores progressistas confundiram disciplina com regime, esquecendo-se de que não existe liberdade verdadeira sem que a inteligências tenha se libertado pela disciplina.
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A verdadeira liberdade e intelectual; repousa no poder educado do pensamento." Uma inteligência disciplinada, baseada no poder do pensamento, é a que lê e escreve criti-ca1uente, e faz um trabalho eficiente de descoberta. A arte de pensar, como vimos, ó a arte de aprender pelo ensino ou pela pesquisa, sem auxílio de fora.
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Nunca me cansei de citar-lhes John Dewey. Faz tempo já que ele disse: “A disciplina que e igual ao poder educado e, também, igual à liberdade... A verdadeira liberdade e intelectual; repousa no poder educado do pensamento." Uma inteligência disciplinada, baseada no poder do pensamento, é a que lê e escreve criti-ca1uente, e faz um trabalho eficiente de descoberta. A arte de pensar, como vimos, ó a arte de aprender pelo ensino ou pela pesquisa, sem auxílio de fora.
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Não estou dizendo, repito, que a essência da educação esteja em saber ler e aprender nos livros. É possível realizar inteligentemente uma pesquisa. Além do que, pode-se ser bem informado em todos os setores de fatos que constituem uma base necessária para o pensamento. Não há razão para que não se façam todas essas coisas, no tempo de aulas à nossa disposição. Mas, tendo que escolher entre elas, o primeiro lugar será sempre das habilidades fundamentais, enquanto que a erudição de qualquer espécie ocupará o segundo. Aqueles que fazem a escolha contrária devem considerar a educação como um amontoado de fatos que a pessoa adquire no colégio e procura carregar, durante o resto da vida, embora a bagagem se torne mais pesada, a medida em que se revela cada vez mais inútil.
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Os colégios só educam, se nos capacitam a continuar aprendendo sempre.
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A Arte de Ler (Mortimer J. Adler)
- Seu destaque ou posição 1082-1083 | Adicionado: sexta-feira, 11 de setembro de 2015 09:12:59
Quando os homens são incapazes de ler e de escrever, parece que sua incompetência se revela na crítica exagerada que fazem das obras alheias. Um psicanalista entenderia isto como uma projeção patológica dos próprios defeitos em outra pessoa.
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Quando os homens são incapazes de ler e de escrever, parece que sua incompetência se revela na crítica exagerada que fazem das obras alheias. Um psicanalista entenderia isto como uma projeção patológica dos próprios defeitos em outra pessoa. Quanto menos somos capazes de empregar inteligentemente as palavras, mais reprovamos, nos outros, sua linguagem ininteligível.
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existisse um. colégio ou universidade em que o corpo docente fosse assim constituído. Heródoto e Tucidides ensinavam Historia da Grécia e Gíbbon falava sobre a decadência de Roma. Platão e São Tomas davam, juntos, um curso de Metafísica. Francis Bacon e John Stuart Mill discutiam a lógica da Ciência; Aristóteles e Emanuel Kant abordavam os problemas morais. Thomas Hobbes e John Locke falavam sobre Política.
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As lições de Matemática eram dadas por Euclides, Descartes, Riemann e Cantor, com Bertrand Russel e A. N. Whitehead de contra-peso. Podia-se ouvir São Agostinho e Wi1liam James falarem da natureza do homem e da inteligência e Jacques Maritain a comentar as aulas. Harvey discutia a circulação do sangue e Galeno, Claude Bernard e Haldane ensinavam Fisiologia geral. As aulas de Física se adaptavam ao talento de Galileu e Newton Faraday e Maxwell, Planck e Einstein. Boyle, Dalton, Lavoisier e Pasteur ensinavam Química. Darwin e Mendel davam as principais noções de Evolução e Genética, com palestras suplementares por Bateson e T. H. Morgan. Aristóteles, Sir Philip Sidney, Wordsworth e Shelley tratavam da natureza da Poesia e dos princípios da Crítica literária, ajudados por T. S. Eliot. As aulas de Economia estavam aos cuidados de Adam Smith, Ricardo, Karl Marx e Mar hall. Boas discutia as raças e sub-raças humanas, Thorstein Veblen e John Dewey, os problemas econômicos e políticos da democracia americana e Lenine dava aulas de comunismo. Etienne Gilson analisava a historia da Filosofia e Poinearé e Duhem, a história da Ciência. Havia lições de arte por Leonardo da Vinci e um estudo sobre Leonardo, por Freud. Hobbes e Locke tratavam do uso e do abuso das palavras, referindo-se a Ogden e Richards, Korzybski e Stuart Chase. Podia-se imaginar um corpo docente muito mais vasto do que esse, mas fiquemos por aqui.
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O que era olhado como atividade extracurricular passou para o centro do palco, e as matérias básicas do currículo se amontoam, de qualquer modo, nos bastidores, para serem guardadas ou jogadas no liso. Nesse processo, iniciado pelo sistema eletivo e completado pelos excessos da educação progressiva, as disciplinas intelectuais básicas foram atiradas a um canto ou inteiramente fora do palco. Em seu liberalismo
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O que era olhado como atividade extracurricular passou para o centro do palco, e as matérias básicas do currículo se amontoam, de qualquer modo, nos bastidores, para serem guardadas ou jogadas no liso. Nesse processo, iniciado pelo sistema eletivo e completado pelos excessos da educação progressiva, as disciplinas intelectuais básicas foram atiradas a um canto ou inteiramente fora do palco. Em seu liberalismo falso, os educadores progressistas confundiram disciplina com regime, esquecendo-se de que não existe liberdade verdadeira sem que a inteligências tenha se libertado pela disciplina.
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Mas, dirão, estamos vivendo numa era democrática. É mais importante que muitos homens saibam ler um pouco, do que poucos ler muito. Há alguma verdade nisso, mas não toda a verdade. A participação real nos processos democráticos de autodeterminação exige maior cultura, do que a que vem sendo dada à maioria.
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Confundem a autoridade que não é senão a voz da razão, com autocracia ou tirania.
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Como muitos de nós, não sabem o que significa docilidade. Ser dócil é ser maleável. E, para isso, a pessoa tem de possuir a arte de aprender e praticá-la ativamente. Quanto mais ativa é uma pessoa ao aprender com um professor, morto ou vivo, e quanto mais arte utiliza quem ensina, tanto mais dócil é essa pessoa. A docilidade, em suma, é o posto de passividade e credulidade. Aqueles que perdem a docilidade – os alunos que dormem durante as aulas – são os mais fáceis de serem doutrinados. Perdendo a arte de aprender, seja ela habilidade de ouvir ou ler, não sabem como ser ativos, ao receber o que lhes é comunicado. Dai, ou eles não recebem nada, absolutamente, ou o que recebem, absorvem sem criticar. Desprezando os três R no começo e as artes liberais quase completamente, no fim, nossa educação contemporânea é, essencialmente, antiliberal. Nossos alunos são alimentados com todas as espécies de preconceitos locais e papas mastigadas. Engordados assim, são como um trapo nas mãos dos demagogos. Sua resistência à autoridade superficial, que nada mais É do que a imposição de uma opinião, diminuiu. Eles chegarão até a acreditar na propaganda insidiosa dos cabeçalhos de certos jornais. Mesmo quando as doutrinas que impõem são democráticas, os colégios não cultivam o julgamento livre, porque abandonaram a disciplina. Deixam os alunos inermes diante da doutrinação oposta de oradores mais poderosos ou, o que é pior, diante do domínio de suas más paixões. Nossa educação é mais demagógica do que democrática. O aluno que não aprendeu a pensar criticamente, que não foi levado a respeitar a razão como único árbitro da verdade nas generalizações humanas, que não foi conduzido para fora dos becos-sem-saída das gírias e senhas locais, não será salvo pelo orador da sala de aula. Mas sucumbirá diante do orador da praça pública ou da imprensa. Para nos salvarmos, devemos seguir o preceito do Book of Common Player: “Leia, grave, aprenda e assimile interiormente.”
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Quem não se ajuda, não pode aprender a ler nem adquirir habilidades que com isso se relacionem.
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Lippmann, que fez um curso brilhante em Harvard, atribuiu seu espanto ao fato de nunca ter desafiado os modelos de sua geração. Diga-se em seu abono, entretanto, que, desde que deixou Harvard, leu muitos grandes livros. Isso tem certo peso em sua observação: “Comecei a pensar que era muito significativo que homens assim educados tivessem fundado nossas literaturas, e que nós, que não somos educados desse modo, as estejamos malbaratando, com risco de perdê-las. Passei. aos poucos, a acreditar que esse fato e a chave para o enigma de nossa época, e que os homens estão deixando de ser livres, porque não estão sendo educados nas artes dos homens livres.” Percebem por que razão acho que a leitura tem dinamite, não apenas para destruir o sistema escolar, mas para garantir a proteção de nossas liberdades?
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O sinal mais evidente de que realizaram o trabalho de ler é o cansaço. A leitura-leitura produz uma atividade mental intensa. Se vocês não ficam cansados, é provável que não tenham realizado esse trabalho. Longe de ser passiva e frouxa, sempre julguei a leitura, por mais insignificante que fosse, uma ocupação árdua e ativa.
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O sinal mais evidente de que realizaram o trabalho de ler é o cansaço. A leitura-leitura produz uma atividade mental intensa. Se vocês não ficam cansados, é provável que não tenham realizado esse trabalho. Longe de ser passiva e frouxa, sempre julguei a leitura, por mais insignificante que fosse, uma ocupação árdua e ativa. Freqüentemente, não consigo ler mais do que umas poucas horas de cada vez, e é raro que leia muito nesse tempo. É, para mim, um trabalho difícil e vagaroso. Pode haver pessoas que leiam rapidamente e bem, mas eu não sou delas. A questão de velocidade não se discute. listou certo de que é um assunto em que os indivíduos diferem. O que se discute é a atividade. A mente não se nutre com uma leitura passiva. Torna-se mata-borrão.
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Daí, outro sinal pelo qual vocês podem saber se estão realizando o trabalho de ler. Não só se cansam, como revelarão de algum modo sua atividade mental. Em geral o pensamento se exprime, abertamente, pela linguagem. Os homens tendem a verbalizar as idéias, dúvidas, dificuldades, raciocínios que ocorrem no curso do pensamento. Se vocês estiverem lendo, na certa que pensaram; há alguma coisa que podem exprimir em palavras.
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Se são como muitos leitores que conheço, não deram atenção nenhuma ao Índice, ou, quando muito, passaram os olhos por ele. Mas os Índices são como os mapas. Tão úteis na primeira leitura de um livro, quanto um guia de ruas em lugares estranhos.
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Por outras palavras, tem-se primeiro que compreender um livro, para depois, julgá-lo. Coisas inteiramente distintas, como se ha de ver.
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Assim, lia três leituras distintas, que podem ser denominadas e descritas como se segue: I. A primeira leitura pode ser chamada estrutural ou analítica. O leitor procede do todo para as partes. II. A segunda leitura pode ser chamada interpretativa ou sintética. O leitor procede das partes para o todo. III. A terceira leitura pode ser chamada crítica ou avaliadora. O leitor julga o autor, e vê se concorda ou não com ele.
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Talvez seja útil dar um exemplo de anotação. Se eu estivesse lendo os primeiros capítulos deste livro, poderia fazer o seguinte diagrama para esclarecer os significados de “ler” e "aprender", e para relacioná-los um com o outro e com outras coisas: Tipos de leitura: I – Para divertimento. II – Para conhecimento. A – Para aprender. B – Para compreender. Tipos de aprendizado: I – Pela descoberta: sem professores. II – Pelo ensino: com professores. A – Por professores vivos: aulas: ouvindo. B – Por professores mortos: livros: lendo. Portanto a Leitura II (A e B) é igual ao Aprendizado II (B) Mas os livros também são de tipos diferentes: Tipos de livros: I – Resumos e repetições de outros livros. II – Comunicações originais. E conclui-se que: A Leitura II (A) se refere mais intimamente aos Livros I. A Leitura II (B) se refere mais intimamente aos livros II.
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A Arte de Ler (Mortimer J. Adler)
- Seu destaque ou posição 1536-1537 | Adicionado: quinta-feira, 22 de outubro de 2015 09:27:55
Já viram três das quatro regras para a segunda leitura: 1) descobrir e interpretar as palavras importantes do livro; 2) fazer o mesmo para as sentenças importantes e 3) para os parágrafos que exprimem argumentos.
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Para realizar a primeira leitura, é preciso saber: 1) que tipo de livro se lê, isto e, qual o assunto dele; 2) o que o livro, como um todo, procura dizer; 3) em quantas partes esse todo se divide e 4) dos problemas principais, quais são os que o autor está procurando resolver.
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As regras da terceira leitura indicam quais as observações a serem feitas e como fazê-las. Neste capítulo,
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A última etapa, na primeira leitura, é definir o problema ou problemas que o autor procura resolver. A última etapa na segunda leitura, é saber se o autor resolveu ou não esses problemas, ou quais foram os que ele resolveu. Assim vocês vêem de que modo essas duas primeiras leituras se relacionam, convergindo na etapa final.
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Pegam o livro e logo começam a mostrar os defeitos dele. Estilo cheios de opiniões, e o livro é apenas um pretexto para exprimi-las. Não deviam ser chamados “leitores”. São como muitas pessoas que vocês conhecem, que acham que conversar é falar e, nunca, ouvir. Essas pessoas não merecem o esforço que se faz falando com elas, e, muitas vezes, nem merecem ser ouvidas.
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Conheci muitos “leitores” que fazem, primeiro, a terceira leitura. Pior do que isso, nunca chegam a fazer as duas primeiras. Pegam o livro e logo começam a mostrar os defeitos dele. Estilo cheios de opiniões, e o livro é apenas um pretexto para exprimi-las. Não deviam ser chamados “leitores”. São como muitas pessoas que vocês conhecem, que acham que conversar é falar e, nunca, ouvir. Essas pessoas não merecem o esforço que se faz falando com elas, e, muitas vezes, nem merecem ser ouvidas.
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São como muitas pessoas que vocês conhecem, que acham que conversar é falar e, nunca, ouvir. Essas pessoas não merecem o esforço que se faz falando com elas, e, muitas vezes, nem merecem ser ouvidas.
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Conheci muitos “leitores” que fazem, primeiro, a terceira leitura. Pior do que isso, nunca chegam a fazer as duas primeiras. Pegam o livro e logo começam a mostrar os defeitos dele. Estilo cheios de opiniões, e o livro é apenas um pretexto para exprimi-las. Não deviam ser chamados “leitores”. São como muitas pessoas que vocês conhecem, que acham que conversar é falar e, nunca, ouvir. Essas pessoas não merecem o esforço que se faz falando com elas, e, muitas vezes, nem merecem ser ouvidas.
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Podem tentar ler os Federalíst Papers, sem terem lido os Artigos da Confederação e a Constituição. Ou podem ler tudo isso, sem terem lido o Espírito das Leis de Montesquieu, o Contrato Social de Rousseau ou o ensaio de Locke Sobre o Governo Civil.
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