O Pianista - Wladislaw Szpilman

Infinitamente triste... Inclivelmente belo...

Eu vi o filme há muito tempo, mas com toda certeza - para variar -, o livro é espetacularmente melhor que o filme. E olha que eu tinha achado o filme bem bonzinho (dirigido por Roman Polanski em 2002, tendo como protagonista Adrien Brody, que acabou levando o Oscar de Melhor Ator Principal por sua atuação).

O Pianista é uma história real. São as memórias de Wladislaw Szpilman (1911-2000), escritas logo após o final da Segunda Grande Guerra, em 1945.

Nessas memórias, ainda frescas, Szpilman conta como foi passar pela invasão da Alemanha na Polônia de 1939/1945 e sobreviver ao horror do Holocausto.

Em suas páginas encontraremos seus esconderijos, sua incerteza, a perda de sua família, a fome, a perda de suas esperanças e a teimosia do destino em deixá-lo sobreviver em pleno Gueto do Varsóvia.

É o relato pungente de alguém que tinha como profissão a arte, de alguém que foi condenado à ruína apenas por ter nascido judeu e que somente não morreu por, contra todas as probabilidades, não ter chegado a sua hora.

Publicado pela primeira vez na Polônia com o título Śmierć Miasta (Morte de uma Cidade), o livro de Szpilman foi rapidamente censurado pelos comunistas da época, em razão de seu conteúdo sobre os horrores da Guerra.

Enfim, esse livro é muito mais do que recomendadíssimo.  É uma história triste e comovente que vale a pena ser lida!

OBS: Apesar de eu não ser grande fã das edições da Editora BestBolso, a edição de O Pianista está bem feita e conta com acréscimos bastante interessantes.
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Escambo de Livro...

Por que causa, motivo, razão ou circunstância, São Paulo ainda não tem um desse???


Espaço no Recife que incentiva a troca de livros começa a funcionar


Projeto da Secretaria de Cultura permite o escambo de obras de literatura. Serviço ocorre todos os dias no Espaço Pasárgada, no bairro da Boa Vista.




Já está valendo o projeto Escambo de livros. A partir desta sexta-feira (28), o Recife ganhou um espaço permanente de troca de livros de literatura, ou seja, quem tem uma obra esquecida na estante pode permutá-la por outra. O serviço, realizado pela Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundarpe, ocorre no Espaço Pasárgada, na Rua da União, 263, na Boa Vista, no Centro da cidade, sempre de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h.



Pela regra, não é permitida a troca de livros didáticos ou religiosos, apenas de literatura, e a permuta só vale com obras disponíveis no acervo. O escambo também acontecerá no hall da Fundarpe, que fica na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, nas últimas sextas-feiras do mês, das 8h às 12h e das 14h às 17h.



A partir do dia 5 de outubro, outro projeto começa a funcionar: o Livros Livres. A ação, iniciada no Festival de Inverno de Garanhuns deste ano, espelha-se no conceito de bookcrossing, ou seja, o ato de 'esquecer' livros em lugares públicos para que as pessoas que os encontrem possam lê-los e, eventualmente, deixá-los em outro lugar para que mais pessoas os levem. A primeira intervenção será no Parque da Jaqueira, na Zona Norte do Recife, que irá amanhecer com obras espalhadas por todo canto.



Com livros doados pelo Funcultura e pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) e devidamente etiquetados com um selo explicativo, a proposta é incentivar as pessoas a deixar livros em lugares públicos e transformar a cidade em uma grande biblioteca. A ação seguirá acontecendo sempre na primeira sexta-feira do mês, cada vez em um bairro diferente.



Ambos os projetos são realizados pela Coordenadoria de Literatura da Secretaria de Cultura. Outras informações pelo email literatura.secultpe@gmail.com ou telefone (81) 3184-3166.



FONTE: G1 

OBS: Que inveja de quem mora em Recife... humpf...

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Aquela capa na minha estante # 1

A partir de hoje, de tempos em tempo, postarei aqui alguma capa de um livro da minha estante que tenha chamado minha atenção.

O critério utilizado é somente estético, pode ser de livros que li, que não li, que queira ler, ou, como no caso de hoje, que eu não tenho intenção de ler...

A capa de hoje é do The Hobbit - J. R. R. Tolkien.


Tolkien não é um autor que eu tenha vontade de ler, e no fundo, nem sei bem explicar o motivo... Mas, apesar disso, acho essa capa linda e, em casa, volta e meia me deparo encarando o livro... Vai entender...

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A lista dos 10+

Não sei para vocês, mas eu sempre acho um pouco assustador me deparar com as Listas dos Mais Vendidos que pululam por aí...
Semana passada, sexta-feira mais especificamente, ao passar pela Livraria Cultura do Conjunto Nacional, vi um rapaz, com caderninho em punho, fazendo uma pergunta comum ao vendedor: “Essa é a sessão dos mais vendidos?”. O vendedor, muito solícito por sinal, explicou-lhe como funcionava a dinâmica da livraria.
Esse incidente, aparentemente banal, poderia ser somente mais um dos tantos outros que nos rodeiam diariamente, mas ao olhar mais detidamente a fila do caixa, me deparei com uma moça empunhando sua futura próxima aquisição: nada mais, nada menos que “Cinquenta Tons de Cinza”.
Por causa disso, me apressei em encontrar a Lista dos Mais Vendidos do mês de outubro - encontrada na revista da própria livraria - e eis que:


1º Lugar: Cinquenta Tons de Cinza – E.L.James
2º Lugar: Cinquenta Tons Mais Escuros – E.L.James
3º Lugar: Inverno do Mundo – Ken Follett
4º Lugar: Toda Sua – Sylvia Day
5º Lugar: Diálogos Impossíveis – Luís Fernando Veríssimo
6º Lugar: Um Porto Seguro – Nicholas Sparks
7º Lugar: A Vida Como Ela É. Em 100 Inéditos – Nelson Rodrigues
8º Lugar: Queda de Gigantes – Ken Follett
9º Lugar: Os Enamoramentos – Javier Marías
10º Lugar: A Vida Como Ela É – Nelson Rodrigues

Outra surpresa: nos 10+ de ficção em Inglês temos:
2º Lugar: Fifty Shades, V.1 – Fifty Shades of Grey
3° Lugar: Fifty Shades, V.3 – Freed
4° Lugar: Fifty Shades – Boxed Set
5° Lugar: Fifty Shades, V.2 – Darker


Poxa, o Cinquentão ainda está na estante dos mais vendidos? Como pode?

Simplesmente é algo impressionante, ou no mínimo, preocupante, o fato do Cinquenta Tons de tudo o que se pode imaginar, há mais de 2 meses reinar absoluto no topo da lista dos 10+.
Eu li o primeiro volume e fui até um pouco menos da metade do segundo (não aguentei mais)... e posso dizer, com toda certeza, que essa febre é preocupante.
Entretenimento? Sim e não.
Sim, pois serve para entreter... mas esse é um entretenimento de qualidade? É exatamente aí que a coisa complica.
Claro que é uma coisa ótima o fomento do hábito da leitura na população, mas se a leitura é uma atividade que além de entreter, tem a função de informar, acrescentar, formar opiniões, melhorar o leitor, melhorar o vocabulário do indivíduo, etc... O que podemos concluir dessa febre de sucesso de um livro em que predomina a estrutura de frases primárias?
Ele olhou pra mim. Eu olhei pra ele. Ele abaixou as calças. Minha deusa interior deu um mortal de costas...
...


O que isso quer dizer? Alguém quer arriscar?



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1984 - George Orwell

Pergunta: Como eu vivi até hoje sem ter lido 1984???

George Orwell, na verdade, é o pseudônimo do jornalista inglês Eric Arthur Blair, nascido em 1903 e falecido em 1950.

Com inteligência, perspicácia, humor ácido e muita informação, o jornalista conseguiu escrever um clássico atemporal.

A história foi escrita em 1948, e naquela época 1984 era o futuro que, infelizmente, permeia nosso passado e se faz muito presente em regimes totalitários e, até mesmo, pseudo-democráticos atuais.

Simplesmente uma obra que precisa ser lida, digerida e assimilada.

Para quem não sabe, foi esse livro que inspirou o criador do reality show Big Brother, o Sr. John de Mol. O que, aliás, faz muito sentido, mas de uma forma mesquinha, enfim....

Winston Smith, o personagem principal, é membro do Partido totalitário que governa 1/3 do planeta. Basicamente, o Partido, liderado pela figura quase onipresente do Grande Irmão (Big Brother), controla mentalmente, visualmente e fisicamente tudo e todos aqueles que interessam, que correspondem à aproximadamente 15% de sua população - os membros do Partido.

Por meio de "teletelas", o que podemos entender por computadores que captam e enviam imagens e som, os membros do Partido têm seus pensamentos, ações, atitudes, vidas e tudo mais, totalmente controlados pelo Big Brother...

Sexo? Só para procriação, e olhe lá... O jeito correto de fazer bebês é por inseminação artificial.

Os 85% restante da população, chamados de prole, por não representarem ameaça ao Partido, não são controlados, mas apenas alimentados intelectualmente com novelas, esportes, músicas de baixa qualidade e sem representação política e/ou intelectual, jogos de loteria, educação de péssima qualidade, ou mesmo, sem estudo, jornais sensacionalistas e demais assuntos igualmente destinados à alienação dessa parcela da população.

Hum... acho que já vi isso em algum lugar???

Enfim, 1984 é uma excelente narrativa, que nos envolve na exata medida em que nos intriga, e que para ajudar, ainda tem um final inesperado. Eu juro que não esperava!!!

Simplesmente, uma obra que precisa ser lida!

OBS: Eu li uma edição bem antiga da Companhia Editora Nacional (figura acima), comprada em um sebo na década de 90, que veio com alguns rabiscos e marcações do proprietário anterior. Odeio livros com marcações, mas mesmo estas não foram capazes de ofuscar o brilhantismo desse livro.

Eis aqui o que tenho a dizer: Recomendadíssimo!!!

Avaliação: @@@@@

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4 dicas para leitores de praia


Nada contra ler sob o sol, diz o oftalmologista Emilio de Haro Muñoz, desde que os olhos estejam bem protegidos. O que usar depende do grau de sensibilidade de cada um; para alguns, só o guarda-sol resolve; para outros, é melhor juntar chapéu e óculos. 

Não é recomendado ler sem proteção porque o sol reflete no papel e causa desconforto. Não é comum, mas podem acontecer lesões fototraumáticas. 

Há chapéus com abas dianteiras maiores, que garantem sombra nos olhos em qualquer posição. 

Use óculos de sol com proteção contra raios UV nas lentes. Os modelos vendidos em camelôs não têm e podem provocar distorções óticas, além de cansaço, lacrimejamento e dor de cabeça. 

Óculos escuros de grau podem ser usados sem problema. 

Fonte: Revista da Folha

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